Muito além dos memes do Galvão, os jogos de Tóquio trouxeram questões novas e colocaram na cara do mundo temas urgentes, pelo fato de terem sido disputados na atual fase da pandemia. Em seus lugares, “pen”!
Sustentabilidade
Fazer uma competição com o mínimo de impacto ambiental foi um dos desafios dos jogos. Chamou a atenção a confecção das medalhas, feitas a partir da reutilização de 78 toneladas de celulares e itens de computadores. Em tempos de ESG, já passou da hora da gente aplicar na prática ações reais de sustentabilidade em nosso negócio. Criatividade que vale ouro!
Saúde mental
Trending Topics dos jogos, a forma como as atletas lidam com sua saúde mental se mostrou tão, ou mais, importante que suas habilidades esportivas. E, vamos combinar, jogou luz e holofotes no tema de principal valor neste mundo pós-pandemia, em especial quando olhamos para os adolescentes. O que as marcas podem e devem fazer com isso é o grande desafio. Inclua aí o consumo consciente e mesmo a autoindulgência como gatilho de consumo.
Empoderamento feminino
Que as mulheres fizeram bonito nessas Olímpiadas, ninguém discorda. E não estamos falamos dos recordes, mas, sim, do posicionamento em relação a tabus e preconceitos. Agora as meninas brasileiras deram um show à parte e lideraram o quadro de medalhas. Meninas de ouro, revelaram para todos nós uma especial resiliência, que vale para todo profissional em relação aos desafios do nosso dia a dia, dá para fazer muito com pouco. Vale ressaltar também, pela primeira vez, que 49% dos atletas participantes foram mulheres, sendo esta a primeira edição com equilíbrio de gênero na história.
Marcas olímpicas
Depois da medalha no peito do atleta, fica fácil aplaudir e iniciar uma parceria de patrocínio. Afinal, ele é uma estrela! Por isso é preciso valorizar as marcas que estão sempre próximas, apoiando o esporte olímpico brasileiro há tempos. Com muito mais valor, o apoio aos paratletas. Sejam sentados jogando vôlei, em suas cadeiras rompendo recordes ou na água, como peixes, cada atleta se destaca, e a mídia revela sua história. Nenhum outro evento possui uma fonte tão rica para os chamados storytelling poderosos.
Foco e empatia
Um número que muita gente não pensa (e nem sabe) diz respeito a quem vai embora dos jogos sem uma medalha para chamar de sua. 90%, mais ou menos. Estima-se que apenas 10% sobem ao pódio. Dos milhares de atletas que treinam anos para subir ao pódio e chegaram a Tóquio cheios de esperança, a avassaladora maioria vai para casa frustrada. Fracasso? Depende de tantos fatores, mas claro que não. O “importante é competir” nunca teve tanto efeito como este ano, e esse clima transformou-se em empatia geral e irrestrita. Nesse quesito, os skatistas voaram alto!
Enfim, os jogos foram diferentes porque vivemos tempos diferentes (estamos diferentes, oras). Isso tudo reforça a urgência de trazer para o seu negócio e para a comunicação um novo olhar e discurso. As pessoas estão cansadas, exigem uma posição em relação ao meio ambiente, um problema comum é apenas um problema comum, ok. E, sim, mais voz e poder às mulheres. Que venha Paris!