Pride Month: a comunicação, o marketing e o acolhimento

Entramos hoje no mês do orgulho LGBTQIA+. Para muitos, trata-se de um mês em que bandeiras de arco-íris começam a aparecer nos avatares das redes sociais corporativas e pessoais. Para outros, é o mês das paradas festivas e combativas ao preconceito contra essa comunidade. Para a imensa maioria das pessoas, é um mês ainda sem causa. Ou é um mês dos rebeldes sem causa: “Para que tanto barulho? Já não existe inclusão?”

Para as marcas e para o marketing, considero que é ainda um mês a ser entendido. Urgentemente.

Entre celebrarem, participarem ativamente de ações inclusivas, conscientizarem suas equipes, abrirem vagas com mais diversidade, ou ficarem quietas, muitas empresas se perdem. Ficam paralisadas pelo medo da incompreensão. Observam de longe o mundo agir num movimento sério e importante para que as pessoas possam ter orgulho (o tal Pride) de existir e se relacionar amorosamente de forma livre e feliz.

Há alguns anos, eu estava nos Estados Unidos, em junho. Foi quando me dei conta que o mês do orgulho era mais que uma festividade. Vitrines coloridas exibiam bodies para bebês com dois pais ou duas mães. Camisetas estilosas com frases encorajadoras bordadas enfeitavam araras de lojas de departamento e as fachadas de avenidas grifadíssimas. Lançamentos de tênis e acessórios repletos de arco íris pelas principais marcas esportivas dividiam igualitariamente as atenções com os produtos mais tecnológicos dessa indústria.

Para aqueles que, antes de seguirem lendo esse texto, vão torcer o nariz e dizer “isso é marketing”, eu complemento dizendo que isso é o marketing cumprindo sua principal função enquanto ciência do consumo: colocar a comunicação, a inovação, os produtos e o ponto de venda a favor de uma nova consciência que melhora e transforma a sociedade.

Um bebê vestido com algo que valoriza o amor de seus pais gera mais amor. Um tênis colorido nos pés de um grande esportista ajuda a quebrar um coração de pedra. Uma engajada vitrine em uma avenida conservadora abre os olhos de quem ainda está cego para algo muito simples: fora preconceito!

Assim, participamos deste mês aqui na 6P pelo segundo ano consecutivo, agindo como uma empresa com a responsabilidade de colocar a comunicação a favor da informação e do acolhimento. Se, no ano passado, enfeitamos a nossa fachada e trouxemos para dentro de casa a ONG Arco-Íris como cliente e parceira, este ano, continuamos a agir para acolher. Somos unidos no compromisso de gerar experiências e ações transformadoras como a Casa Abrigo Milena Massafera, para a qual trabalhamos usando nosso conhecimento em campanhas para doação de recursos para uma casa que acolhe e abriga pessoas LGBTQIA+ expulsas de casa. Lá, elas terão teto e respeito, além de orientação para inserção no mercado de trabalho. Para que, um dia, elas possam viver de portas abertas, trabalhar com seus verdadeiros talentos e olhar para as vitrines escolhendo consumir as marcas que as tratam com igualdade.

Então, que junho seja um mês colorido e conscientizador. Nossas ferramentas de comunicação, tecnologia e comportamento estão disponíveis para isso, sempre!
#6pride

Texto por Silvia Bianchi Machado, CPO 6P

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